Na tarde do passado dia 16 de outubro teve lugar primeiro interrogatório judicial de arguido detido em flagrante delito por crime de violência doméstica agravado e vários de ofensa à integridade física, podendo estar em causa também um crime de dano. Os factos ocorreram no dia 15 de outubro, pela hora de almoço e prolongaram-se pela tarde, consistindo o mais grave na projeção de uma frigideira contendo óleo a ferver na direção da cabeça, olhos e face esquerda da vítima, companheira do arguido, que necessitou ser internada na unidade de queimados do Hospital de S. José face à gravidade das queimaduras sofridas.
O arguido, um indivíduo do sexo masculino, com 21 anos de idade, residente em Alcanena, sem emprego nem qualquer membro de família na zona, pois que é originário de Lisboa, está desenraizado social, familiar e laboralmente e aparenta problemas do foro psiquiátrico.
Neste contexto, elencados os perigos de perturbação do inquérito em termos de aquisição, conservação e veracidade da prova, continuação da atividade criminosa e perturbação da ordem e tranquilidade públicas e por ausência de lugar alternativo para ficar sem contactar a vítima, concluiu-se que a prisão preventiva era a única medida eficaz para acautelar a verificação de tais perigos, fundamentos que levaram o Ministério Público a promover essa medida, que foi decretada judicialmente.
A investigação prosseguirá a cargo da Guarda Nacional Republicana, na dependência da 1.ª secção do DIAP de Santarém, que tem por objeto a investigação de crimes de violência doméstica e similares.